Tudo o que você precisa para entender o conflito entre EUA e Coreia do Norte
Colaborar com amigos em assuntos que você ama
Kim Jong Un
Quem acompanhou minimamente o noticiário dos últimos dias, deve ter reparado que um dos temas mais falados é a troca de farpas constante entre o presidente norte-americano Donald Trump e o regime do ditador Kim Jong Un na Coreia do Norte.
No final de semana, essa relação conseguiu ficar ainda mais tensa após agressivas mensagens de Trump serem compartilhadas no Twitter, levando o país asiático inclusive a interpretá-las como uma declaração de guerra. O caso também levou a própria rede social a ter que se manifestar, afirmando que vão manter os tuítes, pois, apesar de violarem as regras, seriam de interesse público.
Com todas essas polêmicas, o público está com todos olhos voltados ao drama, já que parecemos estar na iminência de um conflito entre dois governos que, além de poderosos, estão fortemente armados de bombas e mísseis de alcance intercontinental.
Infelizmente, esse é só mais um capítulo nessa longa e perigosa novela que envolve o programa nuclear norte-coreano. E para você que está por fora entender, fizemos um guia básico com algumas fontes desse conflito bizarro.
A península coreana ficou dividida após a Segunda Guerra Mundial. O norte comunista, uma ditadura com traços stalinistas, sempre afirmou que criar um arsenal atômico seria uma forma de proteção ao país, que vive totalmente isolado.
Após longos períodos de ameaças de testes nucleares, a mídia norte coreana disse que eles haviam sido bem sucedidos em um teste com bomba de hidrogênio, aquela poderosa ogiva que, em tese, poderia ser carregada por um míssil de longo alcance e alcançar diversos países.
Nesse tempo, várias vezes, países ocidentais tentaram forçar a Coreia do Norte ao desarmamento.
A própria ONU impôs duras sanções ao país, mas não teve sucesso. No meio disso tudo, a China, único aliado dessa ditadura, também entrou na jogada usando diplomacia em prol do bem maior (cof cof); já os EUA começou a ameaçar usar força militar contra a Coreia do Norte. Desde então, temos uma avalanche de discursos de ódio entre os dois países.
Em julho desse ano, tudo ficou mais tenso depois que os coreanos fizeram um teste de mísseis. A iniciativa fez os EUA responder dizendo que a sua paciência "não era infinita". Até que, em agosto, o general norte-coreano responsável pelos mísseis chamou Trump de irracional e senil, ofensa a qual Trump teria respondido: “Melhor os norte-coreanos entrarem na linha, senão vão ter problemas como poucas nações do mundo jamais tiveram”.
Com todo esse bafafá, o ditador Kim Jong-un não parou as ameaças, provocando o mundo com esses mísseis que sobrevoam o Japão. Um deles até chegou a cair perto da Ilha de Guam, que é território americano e possui duas bases - uma naval e uma da Força Aérea -, que, juntas, abrigam cerca de 13 mil militares dos Estados Unidos.
Agora, está todo mundo com a pipoca na mão, já que não nos cabe o desespero.
Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), no dia 19 de setembro, Trump declarou: “Vivemos tempos de imensas promessas e grandes perigos” (...) "Podemos não ter outra opção que não seja destruir totalmente a Coreia do Norte".
Não demorou muito para a rebatida. No sábado, dia 23, o chanceler norte-coreano Ri Yong Ho respondeu em fala na mesma Assembleia, chamando Trump de "um transtornado mental que está repleto de megalomania", cujas açõfuies faziam com que "a visita de nossos foguetes seja inevitável". Quanta ofensa!
Só pra não sair da rotina, Trump, ao ficar sabendo, foi xingar muito no Twitter:
“Acabei de ouvir o ministro de Relações Exteriores da Coreia do Norte falar na ONU. Se ele ecoa os pensamentos do Pequeno Homem Foguete [Kim], eles não estarão por aí por muito tempo”.
Mais uma vez, nessa DR sem R, a imprensa estatal norte-coreana divulgou um vídeo com aviões e navios americanos sendo explodidos por mísseis de Kim Jong-un.
Comentários